quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Os Anfíbios


Os anfíbios são animais que se caracterizam por ter duas formas de vida: a fase larval e a fase adulta. Em geral, a primeira fase desses animais é de vida aquática e, assim como os peixes respiram por brânquias. Ao longo dessa fase, eles desenvolvem patas e a respiração torna-se pulmonar ou cutânea (através da pele), fazendo com que possam viver tanto na água, quanto em terra firme. São animais de pele fina e úmida e não possuem pelos ou escamas. Os anfíbios existem há mais de 350 milhões de anos e foram os primeiros animais a apresentar musculatura para se sustentar fora da água. Os anfíbios são agrupados em três ordens, com ampla distribuição geográfica na terra: De acordo com a literatura são conhecidas 5.500 espécies e a anfibiofauna da América do Sul é a mais rica do planeta, com aproximadamente 1.740 espécies, distribuídas por 140 gêneros e 16 famílias. No Brasil são atualmente conhecidas 517 espécies de anfíbios.

Curiosidades e dúvidas frequentes sobre anfíbios

Qual a diferença entre sapo, ră e perereca?
A designaçăo popular sapos, tem duas conotaçőes. Uma que se refere aos anuros em geral(incluindo os tręs) e outra que diz respeito aos anuros que possuem pele bastante rugosa. Possuem a pele rugosa e os membros posteriores mais curtos que os demais anuros, bem como uma concentraçăo de glândulas de veneno nas laterais da cabeça (glândulas paratóides). As răs săo popularmente conhecidas como anuros bastante ligados ŕ água e bons nadadores. Săo animais de pele lisa e apreciados quanto a sua carne. Geralmente tem membranas bem desenvolvidas nos membros posteriores para nataçăo. As pererecas também possuem a pele mais lisa que os sapos, como as răs. Seus membros săo bastante desenvolvidos e adaptados a grandes saltos. Apresentam nas pontas dos dedos expansőes em forma de disco que promovem adesăo. Săo por isso capazes de caminhar em superfícies verticais, o que convém a seu hábito arborícola.
Somente a ră é comestível?
Sim. No Brasil a espécie introduzida para criaçăo, comercializaçăo é a Rana catesbeiana da família Ranidae. Além disso algumas espécies da família Leptodactylidae também săo apreciadas.
Sapo espirra veneno?
Năo. Um dos mecanismos de defesa muito difundido entre os anuros é o esvaziamento do conteúdo de sua bexiga urinária quando capturados. Essa urina năo cega, năo mata.
Mas e o veneno que os sapos tem?
Vários anuros tęm veneno em sua pele, porém săo incapazes de inocular esse veneno em algum outro animal. Nem mesmo os sapos com a glândula paratóide conseguem inocular ou espirrar o seu veneno.
Sapo fuma?
Năo. Sapos podem engolir bitucas de cigarro porque a cor vermelha da brasa e seu movimento quando atirada no solo săo interpretadas como presa. Assim, sapos engolem bitucas de cigarro por confundi-las com uma presa.
Sapo explode?
Năo. Os sapos apresentam uma série de mecanismos de defesa, dentre eles, o de inflar seus pulmőes. Quando um sapo é incomodado, ele infla os pulmőes e mostra seu dorso. A idéia é que pareça muito maior do que realmente é. Para o observador, a impressăo é de que o animal irá explodir, tamanho o empenho em inflar seu pulmăo e o volume que ele alcança.
Alguma perereca gruda na măo e năo solta mais?
Năo. As pererecas tęm habilidade para escalar, subir árvores e paredes devido aos seus discos adesivos nas pontas dos dedos. Algumas espécies de pererecas (Phrynohyas sp.) secretam um líquido viscoso que gruda a boca de predadores e a măo de eventuais desavisados que a manipularem.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Cecílias


As cecílias são anfíbios que não possuem membros e que possuem hábito fossorial (vivem enterradas). Por causa desse hábito, as cecílias possuem os olhos muito pequenos e usam receptores químicos para detectar suas presas.
Podem ser aquáticas ou terrestres, mas todas respiram através de pulmões. Alimentam-se de presas alongadas como minhocas, vermes, larvas de insetos, insetos e provavelmente também de peixes.
As cecílias são encontradas em hábitats tropicais, no Brasiol existem espécies aquáticas na Amazônia e terrestres por grande parte do território. São difíceis de encontrar, pois vivem em locais úmidos enterradas no solo.
Os machos desse grupo possuem um órgão copulatório denominado falodeu, assim a fecundação nas cecílias é interna. Algumas cecílias são ovíparas e outras vivíparas. Pode haver cuidado dos ovos até o nascimento.

Salamandras


As salamandras são animais parecidos com os lagartos, mas sua pele é muito mais fina e não possui escamas. São encontradas, em sua maioria, no hemisfério Norte. No Brasil ocorre uma espécie de salamandra na floresta amazônica. As maiores salamandras que existem podem atingir um metro ou mais e são encontradas no Japão e na China.
Esses animais podem ser aquáticos ou terrestres e se alimentam de outros pequenos animais, tanto na fase larval quanto na adulta.
As salamandras possuem uma corte elaborada que envolve a liberação de um espermatóforo (que contém os espermatozóides) pelo macho e seu recolhimento pela fêmea.

Sapos, rãs e pererecas


Os anuros são um grupo de anfíbios que não possuem cauda e possuem estrutura de esqueleto adaptada para locomoção aos saltos.
A diversidade de anuros é enorme e este grupo está presente em todos os continentes, com exceção da Antática. Existem anuros adaptados à vida aquática, terrestre, arborícola e fossorial. Todos são carnívoros, alimentando-se de invertebrados, outros anuros e pequenos mamíferos. Em geral utilizam a visão para a detecção da presa, é importante que haja movimento.
Esses animais possuem uma grande variedade de estratégias reprodutivas, que vão desde o desenvolvimento direto dos girinos, ninhos de espuma individuais e coletivos, ninhos em folhas, em bromélias, em bacias de barro à desova direta na água. A parte mais fascinante da reprodução dos anuros é entretanto a vocalização do macho para atrair a fêmea. Cada espécie produz um som diferente originando grande variedade de sons emitidos. São capazes de emitir também sons de agonia e de defesa de território.
Os anuros são popularmente conhecidos como
sapos, rãs e pererecas, constituindo o grupo de anuros com o qual entramos mais em contato.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Metopossauros


Os Metopossauros eram
anfíbios predadores de grande porte que viveram durante o período de Triássico. Parecendo-se com salamandras grandes, eles tinham quase 3 metros de comprimento e um terço disso pertencia a sua enorme cabeça. Eles usavam as bocas cavernosas deles para pegar peixes pequenos e usava um banco de dentes bons para os apanhar. Como todos os anfíbios, eles tiveram pulmões em vez de brânquias e provavelmente descobriram vibrações na água para caçar. Com o frio ou com a escassez de água, eles poderiam ficar dormentes na lama de rios secos ou no interior da floresta..

Dados do Anfíbio:
Nome: Metopossauros
Época: Cretáceo.
Peso: Cerca de 300 quilos.
Tamanho: 3 metros de comprimento.
Alimentação: Carnívora

Koolasuchus


O Koolasuchus era um grande anfíbio de um grupo antigo conhecido como temnospondyls. Como um anfíbio grande típico, o Koolasuchus era capaz de rastejar em terra, mas se sentia mais em casa na água. Possuía mais de 5 metros de comprimento e era equipado com um crânio volumoso; era um carnívoro poderoso capaz de comer crustáceos, peixes, tartarugas e até mesmo dinossauros pequenos como um jovem de Leaellynasaura. É provável que ele podia descobrir as vibrações das presas na água.
Temnospondyls era o grupo de anfíbios grandes que prosperou por mais de 100 milhões de anos. Porém, durante o tempo dos dinossauros, os crocodilos venceram a competição com os temnospondyls. Em 1989 pensava-se que o temnospondyls tinha desaparecido uns 100 milhões de anos antes do término do período Triássico.
Porém, o achado de Koolasuchus mudou tudo aquilo. Em 1989 duas mandíbulas grandes, com 80 centímetros de comprimento cada, foi escavado em pedras do Cretácio próximo de San Remo, Victoria, Austrália. Somente quando as mandíbulas foram removidas da pedra é que a magnitude do achado foi percebida.
O Koolasuchus era um " fóssil vivente ", um sobrevivente de um tempo distante no passado.
Poderia ter sobrevivido bem em ambientes severos como as regiões antárticas do hemisfério Meridional, pois estava muito frio para crocodilos. Isto teria permitido à sobrevivência em um ambiente tão ostil..

Dados do Anfíbio:
Nome: Koolasuchus
Peso: Aproximadamente 500 quilos
Época: Cretáceo
Local em que Viveu: Austrália
Tamanho: 5 metros de comprimento.
Alimentação: Carnívora

Ichyostega


O Ichtyostega era um
anfíbio primitivo que viveu há aproximadamente 360 milhões de anos atrás durante o período Devoniano se alimentava de pequenos crustáceos, moluscos, peixes e insetos, vivia em pântanos e em lagos pobremente oxigenados. Seus membros eram bem desenvolvidos e acredita-se que este anfíbio foi um dos primeiros tetrápodes, ou seja, os que possuíam 4 membros. O Ichtyostega possuía 5 dedos nas patas dianteiras e 7 nas traseiras, as quais eram posicionadas mais para nadar por entre vegetação aquática dos pântanos onde viviam, do que para andar em terra, o que os tornavam inaptos ao ambiente terrestre e possuíndo um estilo de vida parecido com o das atuais salamandras.

Dados do Anfíbio:
Nome: Ichtyostega
Nome Científico: Ichtyostega
Época: Devoniano
Local onde viveu: Groelândia
Tamanho: 1 metros de comprimento
Peso: Cerca de 20 kg
Alimentação: Carnívora

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Eryops


O Eryops foi um enorme anfíbio de 2,5 metros de comprimento que habitou os pântanos do período Permiano na América do Norte. Segundo alguns estudos sobre a anatomia do Eryops, acredita-se que foi um antepassado dos anuros ( sapos, rãs e pererecas ), pois as suas patas eram bem encurtadas e faziam-no arrastar seu ventre no chão, já que eram dispostas nas laterais, como em quase todos os anfíbios e as pernas eram grossas como as do sapo sendo boas para a locomoção em terra; o que faz pensar que, embora fosse muito bem adaptado ao ambiente terrestre, preferiria caçar submerso, sendo ágil caçador nesse outro ambiente..
O Eryops apresenta outro fato interessante, sua boca foi uma das maiores bocarras que um animal pode possuir. Acredita-se, também, que foi um dos primeiros anfíbios a “coaxar” (outro fato que aproxima o Eryops dos anuros atuais ). Seu dorso era revestido com placas ósseas mas não se sabe ao certo a função das mesmas.

Dados do Anfíbio:
Nome: Eryops
Nome Científico: Eryops sp
Época: Permiano
Local onde viveu: América do Norte
Tamanho: 2,5 metros de comprimento
Peso: Cerca de 200 kg
Alimentação: Carnívora

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Anphíbia
Ordem: Labirintodontia
Superordem: Temnospondylia
Família: Eryopidae
Género: Eryops
Espécie: Eryops sp

Cacops


O Cacops era um anfíbio primitivo que viveu há aproximadamente 290 milhões de anos atrás durante o período
Permiano no sul dos Estados Unidos. Foi uns dos anfíbios mais adaptados a vida terrestre, pois se parecia muito com os répteis, seu corpo era protegido por um revestimento de placas ósseas que cobriam a coluna vertebral e formavam uma protuberância robusta e pertencia a ordem dos temnospondilos.

Dados do Anfíbio:
Nome: Cacops
Época: Permiano
Peso: Cerca de 10 quilos
Tamanho: 50 centímetros de comprimento
Alimentação: Carnívora

Acanthostega


O Acanthostega era um
anfíbio primitivo que viveu há aproximadamente 380 milhões de anos atrás durante o período Devoniano se alimentava de pequenos crustáceos, moluscos, peixes e insetos, vivia em pântanos e em lagos pobremente oxigenados. Seus membros eram bem desenvolvidos e acredita-se que este anfíbio foi um dos primeiros tetrápodes, ou seja, possuía 4 membros, os quais um dia iriam dominar o meio terrestre.
O Acanthostega possuía 8 dedos em cada pata, que juntamente com o fato de não possuir uma caixa torácica adaptada a sustentar seu peso fora da água, tornavam-nos inaptos ao ambiente terrestre, acredita-se que suas patas eram mais utilizadas para "andar" pela vegetação aquática, dos pântanos onde vivia, como as atuais salamandras, do que para rastejar entre poças de água que poderiam secar periodicamente.

Dados do Anfíbio:
Nome: Acanthostega
Nome Científico: Acanthostega
Época: Devoniano
Local onde viveu: Groelândia
Tamanho: 50 centímetros de comprimento
Peso: Cerca de 8 kg
Alimentação: Carnívora

Os Anfíbios primitivos

O úmido e quente período Devoniano, de 400 milhões de anos atrás, transformou muitos lagos em pântanos pobres em oxigênio, sufocando as plantas. Uma ordem de peixes ósseos chamada Ripidístia desenvolveu traços que incluíam pulmões e barbatanas musculares apoiadas em ossos, que se adaptavam bem a esses habitats lamacentos. Nadando junto a superfície , os gêneros da ordem Ripidístia, como o Eusthenopteron, conseguiam subir acima da superfície da água para absorver ar. Gradualmente, talvez atraído pelas presas de terra firme ou impulsionado pela seca, o Eusthenopteron aprendeu a se deslocar desajeitadamente para a terra, ou para poças de água vizinhas. Acredita-se que o primeiro anfíbio conhecido, o predador chamado Ichthyostega, que era um vertebrado que ficava à vontade tanto na água quanto na terra, tenha sido um descendente desses peixes pulmonados.
Depois disso os anfíbios se espalharam rapidamente por todas as regiões equatoriais da Terra. E variaram de pequenos habitantes de lagoas á enormes predadores de planícies úmidas.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Origem dos Anfíbios



Os anfíbios foram os primeiros seres vertebrados a conquistar a terra firme, pois todas as outras formas de vida dependiam do meio aquático para sobreviver. De acordo com evidências de fósseis encontrados há 400 milhões de anos (Período Devoniano), os anfíbios evoluíram a partir dos peixes. Tal constatação revela que nós, seres humanos, somos descendentes dessas fascinantes criaturas chamadas anfíbios.
Inicialmente, os anfíbios eram bastante diferentes de como os conhecemos hoje; a espécie só adquiriu a forma atual há 250 milhões de anos. O recorde de idade da existência dos anfíbios é decorrente do registro de pegadas encontradas no sul do Brasil. O fóssil mais antigo de um anfíbio com a forma atual das rãs (ou sapos), conhecido como Triadobatrachus, foi encontrado, em excelente estado de preservação, em Madagascar, em uma decomposição de sedimentos datada do Período Triásico (220-230 milhões de anos atrás). Para ter uma idéia de como sua existência é antiga, vale comparar que o homem só surgiu há 100 mil anos e os hominídeos existiam há pelo menos, 2 milhões de anos.